A educação a distância reduz distâncias e contribui bastante para aproximar mais brasileiros ao tão sonhado curso superior. Muita gente talvez não saiba, mas apenas 15% (menos de 30 milhões de brasileiros) têm ensino superior completo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2017. As estimativas indicam que para chegarmos aos 40 milhões de brasileiros com educação superior muita água precisa correr por debaixo da ponte, e isso pode levar ao menos mais uns 20 anos. Por isso, educação a distância - sem distância -, com qualidade, tecnologia e inovação está na pauta da UniRede – Associação Universidade em Rede, consórcio formado por instituições públicas de ensino superior com o objetivo principal de democratizar o acesso à educação de qualidade por meio da oferta de cursos a distância. E a UniRede comemora, no próximo dia 27 de Novembro, o Dia Nacional da Educação a Distância, instituído pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), por meio da lei 13.620 sancionada e publicada no Diário Oficial da União (DOU) em janeiro deste ano.

O presidente da UniRede, Alexandre dos Anjos, afirma que o Dia Nacional da Educação a Distância é uma importante data não apenas pela comemoração, mas também pelo “processo inclusivo que a modalidade significa, pois permite que a educação chegue a lugares mais distantes do país e do mundo, apoiando pessoas que muitas vezes não têm condições de estudar na modalidade presencial e permitindo a flexibilização curricular, entre outras vantagens, daí a relevância da EaD Pública para o país e dos mais de 700 polos da UAB - Universidade Aberta do Brasil, localizados até mesmo nas regiões mais  remotas”.

Vamos lá, é sempre bom aprender um pouco sobre educação a distância; afinal, a EaD vai impactar todas as áreas na vida dos brasileiros nos próximos anos. O pesquisador Romero Tori indica que, provavelmente, as matrículas na EaD serão maiores que na modalidade presencial nos próximos 10 anos e além disso, o modelo tradicional irá incorporar (o que já vem acontecendo) recursos da educação a distância, principalmente os recursos de comunicação, interação e inteligência, tais como simuladores, learning analytics (análise da aprendizagem por meio de dados) e ambientes virtuais. Tori aponta que “o futuro não é nem educação presencial, nem educação a distância, é educação sem distância”, ressalta.

Um dos mais respeitados pesquisadores do mundo na área de educação a distância, Daisuke Onuki, da Universidade de Tokai - Japão, ressalta que “o Brasil tem construído ações concretas em EaD e a comemoração do Dia Nacional da Educação a Distância é uma ideia relevante e que também deveria existir no Japão”, pois a EaD representa novas possiblidades para “o atravessamento das fronteiras e a criação de pontes de inclusão na rede mundial”. Onuki ressalta que a EaD vai avançar bastante nos próximos 10 anos e algumas barreiras, tais como o idioma, serão superadas.

Elizabete Rosseto, representante dos Polos UAB, ressalta que a EaD “veio para nos auxiliar, principalmente nestes lugares onde a universidade não tem acesso”. A professora indica que “em Mato Grosso,  temos muitos municípios que são muito longes da capital e por isso não têm acesso ao ensino superior”. Então, com a EaD “temos histórias maravilhosas de pessoas que nunca poderiam ter feito uma universidade e por meio da EaD conseguiram”.

A relação ser humano e tecnologia nunca se fez tão presente quanto atualmente. Os aparatos tecnológicos auxiliam aquilo que anteriormente era impossível de se imaginar, o quadro negro e o giz durante muito tempo eram as únicas ferramentas que poderiam possibilitar o aprendizado, porém o cenário mudou e os modelos disruptivos chegaram para trazer novas soluções. A sala de aula nunca mais será a mesma.

O CEaD/UFU – Centro de Educação a Distância da UFU também comemora o Dia Nacional da Educação a Distância.

Autoria:

Marcelo Marques

Bruna Lie Kasama

Lucas Daniel